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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO


Toda a educação assenta nestes dois princípios: primeiro repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo.


 
Franz Kafka



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Missions





Dreams!

Hier après-midi, j'ai rêvé, j'ai été invité par le pasteur principal de IADERN de diriger le culte de Dieu. C'est pour beaucoup de gens qui me connaissent diront, impossible! Mais ce mot n'existe pas dans le dictionnaire de Dieu. Intéressant de voir comment il (Dieu), même dans les rêves quelques qui m'ont surpris par leur présence et me faire sentir votre invitation, son appel à quelque chose que je ne suis pas prêt à le faire: son travail et plus particulièrement le travail missionnaire. Rêve de faire de maîtrise et de doctorat, de changer d'emploi et les congés de l'enseignement pour les enfants et peuvent enseigner dans les universités de mon état, Rio Grande do Norte. Cependant, toujours voulu découvrir la France, pays que j'aime autant que j'aime le Brésil, apprendre à lire et à écrire en français, qui est un défi pour moi parce que je n'ai pas les moyens financiers de suivre un cours pour le moment. Il faut donc toujours demander de l'aide du traducteur de Google quand j'écris quelque chose dans cette langue. Je sais aussi que la traduction n'est pas aussi fidèle que ce serait si je maîtrise la langue française, mais il me réconforte pour l'instant. Bon! Une fois, j'ai entendu sa sœur (Parnamirim) Fatima dire quelque chose qui m'a ému: «Non seulement le français est parlé en France ... En Afrique parle aussi le français! "J'étais tellement excitée et j'ai commencé à réfléchir à l'appel insistant de Dieu pour ma vie et j'ai enfin compris pourquoi tant de fois je me sens faible dans la voie spirituelle, parfois vaciller dans mes sentiments et ressentir de la confusion comme mon abandon total à Dieu. J'ai trouvé que c'est Dieu qui choisit, prépare et envoie l'homme pour le champ de mission. Ah! Combien de rêves que j'ai [...] Je veux être le seul Dieu! Et même dans ces jours, j'ai entendu quelqu'un dire que les évangéliques sont de détruire des cultures entières avec leurs enseignements (exemple les tribus indiennes qui abandonnent et / ou l'échange des pratiques et des rites pour la cause de l'Évangile, une critique que j'ai entendu récemment), je crois que Dieu est le plus grand d'intervenants que «tous» parviennent à la connaissance de la vérité et que les êtres humains décider (à travers le libre arbitre) connaître l'amour infini de Dieu. C'est ce qui se passe dans les tribus indiennes et c'est ce que Dieu m'a fait réagir quand ils ont entendu cette accusation. J'espère vraiment que nous faisons du monde qui parle en plusieurs langues dont le français, à quel point il est bon de servir Jésus-Christ! Et donc, je vais continuer à rêver! En attendant le jour où Dieu va me faire faire sa volonté et le pouvoir de dire en français: le Brésil, la France, l'Afrique et le monde est le Seigneur Jésus-Christ!




domingo, 9 de janeiro de 2011

"L'âne est notre frère" - Gonzague


Quand les gens chercher des occasions de confort et d'agilité dans leurs actions (ils occupent maintenant le pouvoir d'achat), une ressource et comprendre que la technologie peut changer à jamais leur vie (par exemple, quand une voiture arrive dans une communauté qui jusque-là l'âne et la charrette comme un moyen de locomotion, et se retira aussitôt la charrue ou de tuer un poulain, tout cela au nom de confort, moderne et modèle social à assimiler le paradigme qui gouverne à travers les médias ou la culture et de nos vies.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Por Rômulo Gomes


Gosto de Infância



Minha infância tem sabor do ciriguela tirado do pé antes do tempo para amadurecer mais rápido.

Tem sabor da manga verde com sal e melancia madura que vovô plantava no quintal.

Tem sabor da bolacha que vovó assava no leite, às vezes só na manteiga, meu café da manhã preferido.

Tem sabor da chuva que caia no fim da tarde.

Tem sabor da amarelinha que pulava no chão ainda ensopado em frente de casa depois do fim da chuva.

Minha infância tem sabor das reuniões familiares em volta da minha avó encima do pilão quebrando castanhas pra fazer a receita da família: doce de castanha de caju, hummm.

Tem sabor de acordar mais tarde no sábado e ir correndo pra frente da televisão preta e branca que só pegava a Globo, mas que era suficiente, pois a Xuxa me fazia viajar junto com ela.

Tem sabor das compras de fim de mês, onde vovó fazia a feira e me trazia balas, bolachas recheadas, um prazer a cada trinta dias.

Tem sabor das ventania que aparecia do nada quando mamãe terminava de varrer e passar o pano na casa de cimento grosso.

Tem sabor da água “doce” da barragem, única fonte que podíamos ter naquele momento.

Minha infância tem sabor das viagens com minha avó ao banco para tirar sua aposentadoria, onde eu ferozmente guardava seu lugar na fila, observava tudo e descobria o ambiente.

Tem sabor das férias de fim ano que logo dava saudades da escola e era tomado pela ansiedade de comprar o caderno novo na mercearia.

Tem sabor das brigas por motivos bobos de meu avô, que toda a rua de chão batido tomava conhecimento.

Tem sabor da minha primeira bicicleta (de adulto) roxa e nada moderna, mas que pra mim representava muito mais.

Tem sabor das fazendas, dos apartamentos, dos bares e restaurantes que minha imaginação criava no quarto da minha avó, quando todos dormiam depois do almoço.

Minha infância tem sabor do fim de tarde, quando ia pra casa da minha outra avó e pedia morrendo de vergonha um real ao meu avó que hoje não está mais comigo.

Tem sabor da roupa nova que essa mesma avó, na verdade bisavó, comprava pra mim no mês de outubro, mês das festas do padroeiro.

Tem sabor da rede estendida no meio da área ventilada, onde nos balançávamos sem compromisso.

Tem sabor do arco-íris que se formava na serra em frente de casa depois da chuva.

Tem sabor do barulho da água do rio que dava pra ouvir da calçada quando chovia forte no inverno.

Minha infância tem sabor da goteira que insistia em aparecer todos os anos.

Tem sabor do barulho fechado dos trovões e do medo de cair um raio pertinho dali.

Tem sabor da falta de luz, geralmente nos dias chuvosos, onde corríamos pra acender as velas e dormir mais cedo.

Tem sabor da novela da tarde do Vale Apena Ver de Novo, adorava assistir depois do Vídeo Show, eu não perdia.

Tem sabor das minhas caixas (literalmente) de livros, revistas e fotos de pessoas famosas que via na TV, guardadas comigo até hoje.

Minha infância tem sabor das fogueiras de são João que enchia a casa de fumaça e os olhos de vermelhidão.

Tem sabor do milho quente que nem sempre virava pipoca na panela de barro da vovó.

Tem sabor das manhãs onde plantávamos milho e feijão no roçado do quintal de casa, eu sempre quis participar.

Tem sabor da cadeira de balanço que era disputada por todos na calçada de ventilada .

Tem sabor de ir correndo pra o orelhão ver se os cartões que ganhara ainda tinham unidades – princípio de modernidade pra mim.

Tem sabor do bolo de aniversário feito em casa por minha mãe, com granulados coloridos e vela feita por mim mesmo.

Minha infância tem sabor das comemorações de domingo, com um refrigerante, um litro de pitu e um monte de copos na mesa – observava tudo, inclusive como se transformavam depois de beber umas e outras.

Tem sabor do molho do macarrão que eu sempre fazia e todos pareciam gostar, era o primeiro a “beliscar”.

Tem sabor da coalhada que era preparada desde à tardinha, e eu ainda acrescentava cuscuz de milho.

Minha infância não em sabores importados ou exóticos, tem sabor da infância de qualquer criança pobre do interior do nordeste brasileiro. Criança que sonha como todas as outras, vai a escola, brinca, arenga. Criança que cresceu e por força maior, hoje volta aos tempos de criança e descobre que era feliz.






(cesargomes_17@yahoo.com.br)

Viagem




Dizem que o número 7 (sete) tem significado de perfeição e durante esses primeiros dias do ano, pensei muito sobre tudo o que aconteceu em minha vida no ano de 2010 e nos anteriores a esse. Passou um filme em minha mente! Lembrei do interior de onde eu vim e de pessoas que já se foram para a eternidade, mas que constantemente vem em nossas lembranças fazer uma rápida visita e nos proporcionar o que os poetas chamam de saudade. Pensei nos primeiros anos de escola e vi a professora Maria Pereira e sua filha Aldenora em frente ao Externato Senhora Sant’Ana, aguardando seus alunos para a aula do dia, todos “religiosamente fardados”. Vi a Praça Aluísio Alves com suas duas fontes de água a jorrar em pleno centro da cidade e suas árvores que antes nos dava sombra e servia para o encontro dos casais de namorados a noitinha. Lembrei dos motoristas da empresa nordeste sendo recepcionados na casa de Dona Maria Beca, do estilista que não ganhou sucesso ou jamais conheceu a fama, mas que vestiu muita gente que no futuro seria personagens da política ou que fariam mudanças na história de um município como Santana do Matos. Refiro-me ao senhor Soares, costureiro em uma época em que moda era sinal de moral estampada no comprimento e acabamento das roupas. Segui no caminho das minhas memórias e vi a Rua da Linha (hoje, Avenida 27 de Outubro) muito movimentada, pessoas indo e vindo num frenesi incontrolado na busca por produtos ou serviços, algo escasso para àquela cidadezinha em desenvolvimento. A bodega do Tibira era local disputado pelos homens bebedores de cerveja preta e a mercearia do João Paulino ditava as novidades cobiçadas e em expansão no mercado industrial ou de alimentos. Lembrei do seu Zé Cristalino e do casamento de Paula sua filha com meu irmão de criação Newton (Inácio), que festa! Dona Vicência era uma mulher que sabia fazer curas em pessoas feridas de cortes graves usando apenas uma agulha, linha e um pedaço de tecido que ela cozia sem parar em cima do ferimento, sem tocá-lo, apenas em ritmo de vai e vem como se fosse um médico ponteando ou fazendo sutura no lugar ferido. Impressionante como as pessoas saravam depressa! A parteira Ritinha era a mãe de umbigo da maioria dos santanenses que nasciam sobre seus cuidados; Manoel das Mães, marchante e comerciante de carnes no mercado público encantava os sábados de feira com seu jeito simples de conquistar os fregueses e em época de eleições, os comícios se tornavam mais animados com a presença do homem que desfilava pelas ruas da cidade segurando sempre um galho de árvore verde, uma bananeira ou qualquer outra planta verde que pudesse carregar em homenagem ao seu amado partido político o PMDB. Política sempre foi motivo de brigas, discórdias e apostas entre os bacuraus e as araras, entre o verde e o vermelho, sinal que diferenciava os dois lados de uma disputa gerada pelo desejo ardente de poder. Esse poder magoou muita gente, separou amigos íntimos, desfez sociedades e ou parcerias de sucesso econômico, levou a morte de outros. Tudo em nome daqueles que eram senhores das terras santanenses, fazendeiros ou herdeiros de um desejo genético de controlar um povo, um lugar. Lembro da difusora Tonheca Dantas e dos anúncios divulgados por esse serviço de som, as solenidades ou avisos de funerais que deixavam a população local avisada em tempos em que a internet não fazia sucesso como hoje, em que a velocidade das informações levava dias ou meses para se popularizar. Gente! E quem não reconhecia a voz de Cumpadin pelas ruas da cidade a oferecer suas raízes para chás que curavam toda espécie de doença, inclusive a pior delas: a falta de vergonha de muitos seres humanos! Lembrei do programa da emergência, época difícil de viver e que muitas pessoas se aglomeravam no açude dos caldeirões em busca de auxilio na antiga lavanderia pública localizada nessas imediações. A cidade de Bodó (antes distrito dependente de Santana do Matos), era lugar desejado pelos que queriam ficar ricos explorando scheelita e quem sabe outros minérios encontrados no interior daquele solo fértil em pedras de grande valor. Subi muitas vezes a ladeira do baxi ao lado de minha querida avó “Miminha” – mulher forte, corajosa, artesã, alfabetizada pela vida – sobre o carro pipa da família Duarte, que era dirigido pelo amigo Evaldo. Admirávamos aquela paisagem natural e os paredões de avelós verdes e com cheiro característico a enfeitarem a estrada de barro batido que ligava essas duas regiões. Fiz uma viagem pelo túnel do tempo e percebi que essas pessoas nos legaram uma cultura linda e cheia de sabedoria que nunca, jamais, poderá ser esquecida! Saudades dos pais da colega professora Dioneide Mendes, casal único no trato com as pessoas e em especial sua mãe, exemplo de fé e em meio às dores que enfrentou enquanto esteve doente que me levaram muitas vezes a refletir sobre a força da mulher santanense... Força que me fez chorar algumas vezes quando passava em sua calçada ao ir levar alguma correspondência na agência dos correios! Quando veio descansar, senti que ela ali, tinha dado um brado de vitória sobre a morte, pois estava se encontrando com o dono de sua própria vida: Jesus Cristo! Quantas Marias, Joãos, Aparecidas ou Franciscos poderia citar nessa viagem de volta a terra onde as águas fervem, os sítios arqueológicos são encontrados aos montões em pleno sertão central e ou a farinha e o algodão foram sinal de progresso durante tanto tempo. Sinto saudades de cada personagem, ator, atriz que compõe essa trajetória. Sou fã da verdadeira história de Santana do Matos, minha terra, meu chão, minha vida!