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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Os homens precisam saber que o câncer de mama não é restrito apenas às mulheres.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015



15 de Outubro, 2015.

Queridos professores,

O que comemorar nessa data de quinze de outubro? O que representa o dia dedicado ao professor? Mais um feriado “restrito em nosso calendário”, que permite descanso a uma classe de trabalhadores em detrimento há outros que permanecem em suas atividades, mesmo trabalhando nas mesmas instituições? Reconhecimento por parte dos governantes que exibem mensagens por meio de “carros de som”, faixas, almoços nas escolas com direito a música ao vivo e discursos medíocres de agradecimento por nosso dia? Os descontos ilícitos em nossos salários ao final do mês, mesmo estando sob atestado médico? Ou seria mais um dia de festa para nossos alunos, pelo menos é para a maioria que nem lembram que hoje é nosso dia?!

Professores, poucas ou nenhuma flor irás receber nesse seu dia! Os espinhos ainda continuarão a nos transpassar, enchendo-nos de dor, fazendo-nos sangrar...

Se hoje as homenagens nos cercam, é como o cal virgem a ser posto nas paredes de uma casa; tentativa de mascarar as marcas do tempo, as lutas que cada um de nós travamos no interior das salas de aulas, os movimentos grevistas que expõe o falseamento dos dirigentes em educação – seres ignóbeis, manipuladores a serviço de satanás para desunir, destruir  os professores.

Poderia aqui, falar das diversas posições teóricas de Althusser e reforçar seu pensamento sobre a Escola enquanto “aparelho ideológico do Estado”, onipresente e absolutamente dominante. Mas a filosofia marxista, as ideias de Gaston Bachelard, Antonio Gramsci entre outros, talvez torne nosso texto por demais enfadonho aos que nesse dia encontram-se cegos diante das festas “pagãs” (em que os sete principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja; distraem-nos), incapazes de enxergar as estruturas sociais mancomunadas em nos deixar assim mesmos, cegos.

Essas mesmas estruturas sociais muitas vezes são usadas pelos governantes para impedir que a luz seja vista por nossos estudantes. Por isso chamo de estruturas sócias demonizadas, controladas por gestores (pessoas sem conhecimento/formação adequada, muitas das vezes sobre o que é fazer educação; outros, professores com formação em nível até de pós-graduação e que tornaram-se por causa do cargo “o poder por trás do poder”) para oprimir, destruir e impedir que os mais pobres – Joãos e Marias, seres abstratos, possam conhecer, ver a luz do conhecimento. Sempre há pessoas desesperadas por pactos e acordos politiqueiros, desejando darem-se bem em detrimento de outrem. Na educação não é diferente. É triste constatar que, colegas de profissão, professores, em muitas ocasiões, o cargo X, o dinheiro de gratificações, patrocinam e controlam o poder que deveria fortalecer uma classe, classe da qual ele/a fazem parte.

Chega de espinhos! Lembremos que nosso ato é político.

Como afirmou um dia Rubem Alves: onde estão os Jequitibás?

Nós precisamos continuar espalhando nossas raízes no subsolo poluído dessa terra de negócios escusos, enfrentarmos os incêndios provocados pelos patrocinadores do poder.

Ensinar para mim é servir aos outros! Servir aos pobres e ricos, dizer que há um controle, um poder a serviço de interesses próprios que separa a todo instante as pessoas, os outros em seu favor.  Tudo isso, na perspectiva do servir ao mundo é que eu me tornei professor, desejoso que meus estudantes adquiram a visão de se servirem do mundo de maneira socialmente responsável, libertando os escravos da ignorância, socorrendo a natureza, comprometidos com todas as pessoas e suas necessidades no sentido mais amplo da palavra.

Enfim, neste dia dedicado a nós, sejamos resistentes a satanás! Nesse mundo físico e espiritual.