Eu queria ter poder
E através da poesia
Pegar o homem que trai
E pôr na delegacia
Deixa-lo dormir no chão
Sem nenhuma regalia.
Se meus versos fossem algemas
De certo iriam prender
As mãos daqueles maridos
Que traem só por prazer
Aplicava-lhe um castigo
Pra nunca mais esquecer.
Ainda dava uma surra
Com um galho de urtiga
Preparava-lhe um purgante
Que causa dor de barriga
Mandava correr mil metros
Até morrer de fadiga.
O marido traidor
Merece comer pimenta,
Suco de limão com sal,
Namorar uma jumenta,
Andar com uma coleira
E uma argola na venta.
O homem que pula a cerca
Não tem vergonha na cara
A mulher deve pega-lo
E dar-lhe uma surra de vara
Ao menos três vezes ao dia
Pra acabar com a sua tara.
O homem que trai a mulher
Não passa de um safado,
Mentiroso, enganador,
Infeliz e desgraçado
Não valoriza a mulher
Só merece ser chifrado.
O marido infiel
Não passa de um nojento
Traidor, sem coração,
Um maldito, pestelento
Só há um jeito pra ele:
É cortando seus documentos.
Depois daquilo cortado
E o gato ter engolido
A mulher deve botar
Sal no lugar ferido
Só assim ele se aquieta
E deixa de ser enxerido.
Autora: Rita do Carmo da Silva
Literatura de Cordel do Município de Santana do Matos – RN
Tesouros do Brasil – Francisco de Assis Adelino Braga
Tesouros do Brasil – Francisco de Assis Adelino Braga
Muito Bom! heheheh...
ResponderExcluirNão é meu estilo preferido de literatura, mas tenho que tirar o chapéu pra tamanha criatividade e estilo...
Rômulo Gomes