Incrível! Paro e fico a observar o cenário que se desenha em algumas
cidades do interior do Estado do RN, como muitas pessoas estão
preocupadas não com um projeto político nacional e sim com interesses de
grupos/famílias que comandam cargos eletivos nessas cidades. Não
entendo quando pessoas criticam políticos por serem corruptos mais
desejam ardentemente que outros corruptores que estiveram no poder
antes, retornem em nome de uma mudança. Não compreendo como votam em
massa em uma candidata elegendo-a
senadora da república, afirmando que ela trabalhou como deputada e irá
trabalhar muito mais e por outro lado, votam em candidato a gestor
nacional que é adversário político da mesma. Não seria uma
incongruência? O candidato mais votado a governo do estado do RN no
primeiro turno é ovacionado por tanta gente, quando observo que ele faz
parte do grupo político aliado da atual presidente do nosso país;
seguidores desse candidato a governador, por sua vez, afirmam que irão
votar em o adversário da então presidenta. Como será o governo desse
homem se a aliança for quebrada? O que há é que muitos políticos estão
vendo essa campanha de 2014 como se fosse uma campanha individual dos
municípios, eleições para prefeito e vereadores, não pararam ainda para
perceberem que a nossa decisão hoje, local, individual, poderá causar no
futuro transtornos em grandes proporções a todos os brasileiros. Que
alianças são necessárias nesse jogo pelo poder, por um projeto que não
pode parar, em nível nacional. Ou quando esses mesmos prefeitos forem em
busca de recursos, guiados por deputados, senadores, governadores,
poderão descobrir que estão sendo guiados por cegos que enxergam, mudos
que falam e surdos que ouvem palavras: eu não vos conheço!
Enfim, viver em um país democrático é assim, votem em quem quiserem, por
emoção, por razão, por decepção, influência do cão, visão divina, por
corrupção compactuada, cumplicidade, favoritismo, beleza, favores
recebidos, por dependência, independentemente do que pensam. Votem! Só
não me venham depois dizerem: arrependo-me do que fiz. Eu não sou
confessionário para ouvir suas reclamações e nem tenho àquele
dispositivo laranja, chamado de caixa preta em aviões, para suportar a
sua decepção. Simplesmente lhe direi como dizem muitos dos meus alunos
quando discutem entre si: tome no cú sorrindo! Sim, é o que falarei para
resumir minhas palavras, evitarei discursos prolongados ou o sarcasmo
irônico ao dizer a você, deveria ter escolhido melhor, acertado.
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