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sábado, 10 de setembro de 2011

Rústico para o momento [...] Fogão à Lenha!

Saudades do bule de café em cima do fogão pelas madrugadas...  
A fumaça inebriante tomava conta da casa e aos gritos de acorda menino! Marcavam a hora exata do começo de um novo dia.
Os trabalhadores que iam e vinham pela Rua Manoel de França Assunção rumo ao açude da vazante (Alecrim), parava para saborear àquele café, não tinha outro com sabor igual. Mas não era simplesmente café? Sim! Mais tinha um diferencial, era café feito para os transeuntes sem café matinal, filhos da pobreza, cortadores de capim para os agropecuaristas, vítimas do horário judeu em relação às obrigações diárias.
Lá estavam os dois à porta... Bule na mão e xícaras brancas, bordadas de florzinhas azuis!
Vovô e vovó faziam questão de a todos atenderem sem pedir nada em troca. Era café, bolachas e carinho!
Sinto, ainda hoje, saudades do cheiro do café, dos gritos com autoridade para que acordasse, pois o dia já estava longe, dos vizinhos varrendo suas calçadas e do abraço de quem sabia respeitar a todos.
Fogão de lenha! Ainda está lá na antiga casa, presença que não despareceu mesmo com o advento da modernidade.

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