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sexta-feira, 16 de novembro de 2012


FERNANDO
PESSOA


Poesias de
Álvaro de Campos



TABACARIA

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928

 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O sonho de um dos meus alunos!


Natal, 02/10/2012.

Saudações querido Gugu!

 

Gugu, me chamo Jufran Alves Tomaz e sou professor  no Ensino Fundamental, em um pequeno município chamado Arez, distante da capital do Estado do Rio Grande do Norte, Natal, cerca de 61 Km. Fazem três anos que fui aprovado em concurso público nesta cidade, Arez, e desde então tenho desenvolvido minha prática docente na sede do município, Escola Municipal Clidenor Lima. Estou lhe escrevendo pela primeira vez, porque hoje pela manhã fiquei muito emocionado com um dos meus alunos e seu desejo neste dia da criança – 12 de outubro, é o de que você Gugu, possa realizar “mais um sonho”, o dele.

O nome desse meu aluno é José Henrique Santos da Silva,11 anos de idade, cursa o 5º Ano do Ensino Fundamental, excelente aluno e uma criança super dedicada aos estudos. Tudo começou este último mês de setembro, quando tivemos a ideia de realizarmos em sala de aula, um “intercâmbio intermunicipal de cartas”, tínhamos que trabalhar o gênero textual carta nas aulas de português e eu propus aos meus alunos que escrevessem para uma escola distante da deles, para um município do RN distante cerca de mais de 200KM. Toda turma de estudantes se empolgaram e saiu cada cartinha linda! Fiz as colocações devidas sobre pontuação, caligrafia e etc depois fui até o correio e depositei as cartinhas de todos. Passaram-se alguns dias e para nossa surpresa, recebemos uma ligação da equipe gestora da escola à qual enviamos as nossas cartinhas, falando da alegria dos alunos daquela instituição ao receberem notícias de um outro grupo de alunos, de um município tão distante do deles e interessados em trocarem experiências. Meu coração bateu mais forte! A diretora continuou dizendo que todos os alunos estavam envolvido nesse nosso projeto “intercâmbio de cartas” e que iriam lá, organizar um concurso entre os estudantes daquela escola, para escolherem a melhor carta. Porém, o que me deixou ainda mais feliz Gugu, foi que os Estudantes para quem meus alunos haviam escritos, sem conhece-los, estavam vindo de tão longe visitar a escola onde eu trabalho.

Tivemos uma manhã inigualável, pudemos nos relacionar uns com os outros e até mesmo almoçarmos juntos. Meus alunos organizaram várias apresentações e mostraram o município de Arez para os estudantes santanenses. Foi maravilhoso!

Então, em meio a esse intercâmbio, um dos alunos do município que nos visitava teve sua cartinha lida (carta essa que foi endereçada a presidente da república, Dilma), contando das belezas existentes no município de onde mora àquele aluno. Carta linda e emocionante.

Bem, hoje, como falei anteriormente, fui surpreendido ao final da minha aula com meu aluno, José Henrique Santos Da Silva que ao perceber que todos os seus colegas haviam saído da sala de aula, restando apenas eu e ele, chegou para mim e me indagou:

- Professor, aquele aluno de Santana do Matos, que veio nos visitar escreveu uma carta linda para a Presidenta Dilma, não foi?

Eu respondi:

- Sim! Muito linda!

 Ele então continuou:

- Professor, todos àqueles alunos vieram de tão longe para nos conhecer, principalmente devido as nossas cartinhas, na qual enviamos para eles, não foi?

- Isso mesmo Henrique! Esses estudantes ficaram curiosos e quiseram fazer uma surpresa a você e seus colegas.

Ele, em lágrimas, me emocionou ao afirmar:

- Então professor, eu quero lhe pedir um favor. Eu escrevi uma carta para Gugu, ele não é mais importante do que a Presidente Dilma para quem àquele aluno escreveu mas, ajuda muita gente. Eu sei que ele mora distante como os alunos que vieram nos visitar e sei que ele ao ler essa minha cartinha, virá realizar o meu sonho!

Confesso, fiquei sem palavras! Engasguei ao abrir aquele papel amassado, como se fosse um segredo guardado a sete chaves, no qual eu (apenas um professor) havia recebido a incumbência de abrir, ler e encaminhar ao seu devido destinatário. Li a carta de José Henrique Santos da Silva, com cuidado e lá encontrei um desejo de uma criança, que não pedia para si presentes, brinquedos ou uma casa. Ele mesmo se coloca como intercessor a você Gugu, pelo irmão dele que aos 23 anos de idade, sofreu um acidente vascular cerebral (acrônimo: AVC), e que hoje não teve e não tem um acompanhamento médico/diagnóstico que dê respostas à família e ao meu aluno sobre o estado de saúde em que se encontra o irmão do mesmo.

Na carta, que segue anexada e escaneada abaixo, José Henrique fala dos momentos felizes ao lado do seu irmão, da labuta diária quando os dois, felizes iam buscar lenha, entre tantas outras coisas e da tristeza ao ver seu irmão sem desejo de fazer mais nada hoje em dia.

Assumi, então, essa responsabilidade de lhe enviar esse e-mail, na esperança de que você Gugu, com sua rede de amigos espalhada pelo Brasil inteiro, acredito que aqui no Rio Grande do Norte também, possa realizar mais um sonho, o desse meu aluno querido, que me deixou mudo, diante da demonstração de amor que ele nutre pelo próprio irmão e por acreditar que você é o único que pode trazer esperança ao seu coraçãozinho.

Grato pela estima,

Professor Jufran Alves Tomaz – acreditando sempre que a educação se faz com gente e não com coisas!

 

terça-feira, 24 de julho de 2012


Após tantos anos, hoje pude perceber que a fruta que provocou todos os pecados do mundo, trouxe a consciência sobre o bem e o mal aos primeiros homens, não foi uma maçã, como afirmam alguns. Foi na realidade um jambo! E o primeiro pecado foi o desejo de possuir o maior número dessas frutas, ainda que para isso fosse necessário usar da violência física. Aqui em casa, vendo um grupo de crianças se agredirem ao redor de um Jambeiro. E a serpente, disfarçada em cada uma dessas crianças grita: toma o jambo um do outro, você deve ficar com a maior parte! Maldita serpente...

quarta-feira, 27 de junho de 2012




Minha terra, meu chão,

minha estrela, que brilha sem parar!

És Santana do Matos,  coração do RN a palpitar...

Viu o primeiro avião a pousar em terras potiguares,

rota do algodão e seus tropeiros, o trem em Lajes a esperar.

Lucro do ouro branco de suas serras!

Eu não dependo da figueira. Ela pode parar de dar figos, ela pode secar. Eu não dependo da videira. A praga pode lhe consumir a safra. Eu não dependo da oliveira. Ela pode não produzir os frutos necessários para fazer o azeite. Eu não dependo das ovelhas que estão no curral. Elas podem adoecer e contaminar outras, se tornarem estéreis ou até mesmo morrer. Eu não dependo das vacas. Elas podem parar... de dar leite e sua carne pode não ser boa para alimentar. Eu dependo do Senhor, o Eterno, o Rei dos Exércitos, o Criador dos céus e da terra. É ele que me sustenta, me alegra, me faz forte e me carrega nos braços quando estou ferida. É ele que me faz andar sobre as águas. É ele quem guerreia minhas guerras.

Por Juraci Augusta da Cruz.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012


"Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida."

                                                                Lispector

quinta-feira, 10 de maio de 2012



Vá querer entender os caminhos do destino, um deles te leva direto a felicidade momentânea, sem atrazos, nem paradas ao longo da trajetória. Outro caminho, se encarrega de te conduzir em meio aos espinhos, pedregulhos, é mais demorado o tempo gasto até a estação da felicidade... Caminhos que nos trazem às vezes de volta ao passado que teima em vir à tona, passado que não morreu, apenas foi enterrado vivo em um solo de carne: nosso coração!

sábado, 21 de abril de 2012





Gostaria de agradecer a todos que fazem a Escola Alfredo J. Monteverde - Unidade Natal: Av. Interventor Mário Câmara, 3133, Bloco A - Cidade da Esperança 59070-600 - Natal – RN Tels/Fax: +55 (84) 3205-5387/3205-7544; pela maneira carinhosa como me receberam neste último dia 20/04/2012. Conhecer essa instituição, sua equipe e oficinas, foi algo inenarrável e que marcou meu aniversário. Isso mesmo estava completando mais um ano de vida e foi com vocês que passei todo o meu dia, aprendendo, sorrindo e vendo a fluidez das relações interpessoais se propagarem de uma forma tão natural, em que a zona de conflito que surge da convivência entre os pares, torna-se o limiar de um novo recomeço para a amizade e respeito de uns para com os outros.

A meu amigo Cleonilson Mafra meus sinceros agradecimentos por ter plantado boas sementes de amizade nesse espaço de conhecimento, lá todos gostam muito de você e sentem saudades. A minha proximidade com você amigo, me trouxe liberdade entre os educadores e pude perceber que se “plantamos coisas boas aqui na terra, iremos colher aqui e acolá, frutos saudáveis” no presente e no futuro. Você cativou a todos do lugar!

Enfim, a equipe de coordenação pedagógica, pessoal técnico administrativo, auxiliares e o esplêndido COORDENADOR da oficina de ciência e química, meus sinceros agradecimentos pela forma honrosa com que prestaram seus serviços, tempo e atenção para com esse humilde servo da educação.



Jufran Alves Tomaz. (84) 81154205.




Twitter: @jufranthomas

Facebook: Só pesquisar - Jufran Alves Tomaz

quarta-feira, 11 de abril de 2012



Um aluno me fala hoje durante a aula:
- Professor o senhor já matou algum gatinho alguma vez?
- Não! Respondi.
Ele (o aluno), diz:
- Pois eu já matei um gatinho utilizando uma pá. Bati na cabeça dele várias vezes até ele (o gatinho) morrer. E nem aconteceu o que minha mãe me disse que acontecia com quem gostava de maltratar os animais.
...
Eu perguntei:
- O que foi que sua mãe lhe ensinou? O que ela (a mãe do aluno), disse que aconteceria àqueles que maltratassem os animais?
- Ela me disse que eu seria castigado com uma maldição!
Parei, pensei e perguntei ao adolescente:
-Há quanto tempo você está repetindo o mesmo ano/série?
Ele responde no mesmo instante:
- O senhor não sabe? Pois eu estou no mesmo ano/ série há 6 (seis) anos e tentando vê se sou aprovado nesse ano. Não sei o que está acontecendo que não consigo ser aprovado!
Eu, fiquei imaginando se o que acontece com ele não é uma maldição!

Coisas de sala de aula, Arez/RN, 2012.

segunda-feira, 9 de abril de 2012


III CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL - ABRASME
Aperreios e Doidices: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta política.

A se realizar nos dias 07 a 09 de junho de 2012, no Centro de Convenções do Ceará - Fortaleza/CE.

terça-feira, 3 de abril de 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

Filósofo Luiz Saéz Rueda - Universidade de Granada - Espanha.



'Ser errático' es un rasgo de la condición humana. Es el modo como el hombre puede poner en obra su libertad y elevarse a la forma más digna de su existencia. Pues existir implica afrontar el reto que supone estar siempre en tránsito o en ciernes. Ahora bien, en nuestra época el hombre anda...

                                                                         LUIS SAÉZ RUEDA

Após palestra com o filósofo Luiz Saéz Rueda - Universidade de Granada - Espanha, no auditório "B" - CCHLA - UFRN, percebi que o "ocidente está enfermo" por assimilar identidades falsas. O diálogo entre os pensadores: Foucault, Voltaire, Heidegger, Cortez Pereira, entre outros fizeram desse momento algo novo. Me fez entender que pertencemos ao mundo na mesma medida que estamos saindo dele! Dom Quixote em companhia de Sancho Pança revela a loucura produtiva e improdutiva da relação não identitária com outros povos. Ao ser convidado pelo amigo Sancho Pança ao retorno ao lar (suas origens e casa), após ser violentamente agredido, Dom Quixote afirma: Não temos casa! Enfim, somos de todos os lugares e de um lugar exclusivo, somos seres erráticos. Dom Quixote é um louco produtivo ao enxergar de maneira ampla o movimento, a migração e o admirar-se frente ao mundo e em relação a si mesmo, do outro. Já Sancho Pança, louco improdutivo, deixa sua loucura cair sobre o outro, o mundo, ao invés de deixá-la cair primeiro sobre si mesmo, sobre os seus próprios ombros. Quando somos seres erráticos, entendemos que ao estarmos por cima da mulher numa relação sexual, por exemplo, somos o resultado ali de uma ausência de forças que nos mantém com disposição para suportar a outra pessoa, não uma relação de poder em que por ser homem me sobreponho sobre a fragilidade da mulher. Pelo contrário, nessa relação de forças, entendo que nesse instante, a mulher me sustenta não por obrigação ou desejo de superação, mas por mostrar a contra força do ser errático também.

quinta-feira, 22 de março de 2012



Quero tornar público os meus agradecimentos ao jovem André Valério Sales, autor do mais novo livro “Lugares e Personalidades Históricas de Arez/RN”, pela grande contribuição intelectual que ele proporciona aos leitores, pesquisadores e público interessado em (re)conhecer a história de um povo, de um lugar. Faço isso principalmente porque desde o ano de 2.010, venho trabalhando em um artigo que foi finalizado semana passada, antes de receber o livro deste autor, que com propriedade relata fatos importantes sobre o município de Arez. Bom, meu artigo (especialização) já versava sobre a Igreja de São João Batista e a presença do Hospício Jesuítico na região de Arez, algo que me levou a reflexão e busca de relatos que materializasse um pensamento sobre a influência de um local que atendeu as pessoas que sofriam com transtornos psíquicos em épocas passadas e revelasse aspectos da cultura de estigma, preconceito que sofreram (no passado), ou sofrem (nesse início de século XXI), esses pacientes.
Por fim, fiquei feliz por mais referências que vem atender as minhas expectativas no sentido de ir mais longe no estudo dessa temática. Assim, o amigo André, nos oferece não só mais uma ferramenta pedagógica a ser utilizada em sala de aula, como confirma discussões no âmbito científico que tenho travado ao longo desses quase três anos no município de Arez.
Parabéns André! Grande obra, intelectual com sensibilidade suficiente para tocar a alma arezense.
P.S. Brevemente postarei meu artigo aqui, esperando apenas o processo de apresentação ao público acadêmico e publicação.

domingo, 11 de março de 2012

Os planos de Deus...


Certo dia, um jovem foi ao círculo de oração em uma pequena igreja no centro da cidade. Lá havia apenas poucas pessoas de joelhos a suplicar a misericórdia de Deus em lágrimas e suplicas. Esse jovem dobrou seus joelhos em submissão total a Deus e em meio a sua conversa com o todo poderoso, teve uma visão: Via outro jovem deitado numa cama de hospital, internado em uma UTI – Unidade de Tratamento Intensivo, com muitas sequelas por causa de um acidente no trânsito. Viu também o sofrimento dos familiares do jovem em coma e sentiu a angústia que aterrorizava o lar daquele que há poucos instantes estava saudável e independente a passear pelas ruas da cidade. Imóvel, o jovem em oração percebe algo diferente acontecer! Eram três homens vestidos de branco, que como um raio descia do céu e paravam em pé ao lado daquela cama de hospital, trazendo em suas mãos ferramentas cirúrgicas em cima de bandejas de prata. Pararam, olharam aquele moço quase morto e disseram uns aos outros: Hoje, iremos resolver este caso!
O rapaz que em oração presenciava aquela visão maravilhado, ficou alegre ao ouvir os anjos um a um concordarem entre si sobre o caso e continuou vendo os mesmos mexerem no crânio daquele moço utilizando as ferramentas cirúrgicas. Após terminarem com aqueles procedimentos, os anjos subiram para o seu lugar de origem e percebeu-se a recuperação do homem, antes enfermo e quase a morte.
Porém, algo naquela visão incomodava o jovem crente. Ele tinha visto três homens, três anjos com toda certeza! Mas o que mais tinha chamado à atenção dele é que um desses três anjos tinha a “pele negra” e jamais alguém o tinha dito que existiam anjos negros no céu! Deus não faz acepções de pessoas e naquele dia, estava querendo dá a maior de todas as lições ao moço de bíblia na mão (Bíblia que tem sua capa clássica da cor preta); estava querendo mostrar para esse jovem que não importava as estruturas de preconceito e discriminação existentes em sua vida, Ele (Deus), derrubava naquele momento todas elas! Até porque, o que seria de Jeremias lá no fundo de um poço, se Deus não tivesse “anjos negros” para ir até lá retirar o profeta da lama e pô-lo em liberdade? Quem pode afirmar que todos os anjos de Deus são loiros e de olhos azuis? Que o demônio é quem é negro e possui chifres em sua cabeça?! Tudo isso são ideologias construídas na superioridade de uma classe social que disseminou seus pensamentos em meio ao povo, privando-os de ver o que há de mais belo na vida, que Deus fez a todos, homens e mulheres, brancos ou negros, sadios e com deficiências múltiplas.
Hoje, o jovem crente sabe que não importa o que os outros pensem, digam sobre aquela visão. Deus tem seus planos e se for necessário, uma hora dessas, Ele poderá enviar um “anjo negro” em seu auxílio, para lhe entregar uma bênção ou livra-lo de algum mal. Não fique assustado quando isso acontecer, tudo é um plano de Deus!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Amigos!























Dan Oliveira, Liza Gomes, Felipe Sales, Jufran Tomaz, Roberto, Tiago Santana Sales, Igor Baltazar e André Roberto Miranda.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Grande só o SENHOR!


Acordei hoje pensando nesse texto de Atos 8: 9 - "... Certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem."  Eu desconfio sempre de pessoas que procuram a todo custo demonstrarem que são influentes/aptos  no uso do conhecimento, dos dons espirituais, no exercer de determinada função eclesiástica e no liderar multidões! Vejo que os maiores homens de Deus tinham a humildade de reconhecer toda e qualquer ação/milagre que ocorria na pessoa de Jesus Cristo. Pedro é exemplo disso, Moisés nunca disse que seu cajado era especial e Elias nunca disse as multidões que tinha carros de fogo, com cavalos de fogo a sua disposição. Seriam tantos exemplos mas, vejo com enorme satisfação os verdadeiros homens e mulheres de Deus pois eles/elas sabem que sem Deus nada podem realizar. Lembrei também das palavras de João 2: 24- 25: "Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia. E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem." Quem pode enganar a Deus?!

domingo, 29 de janeiro de 2012

A quem você prefere ouvir e obedecer, a Deus ou aos homens?!

Termino esse dia 29/01/2.012, refletindo nas palavras do Apóstolo Pedro no livro de Atos 4:19b e 5:29b. Essas palavras me incomodaram durante toda a semana e confesso: Não importa qual seja sua dificuldade, situação ou decisão que você irá tomar; consultar e obedecer a voz de Deus é a melhor coisa que você deverá fazer, é a tua única saída! Eu esperimento isso todos os dias, saboreio as palavras do Mestre Jesus Cristo e conto com o apoio do Espírito Santo na hora de tomar qualquer decisão. Graças te dou Deus. Obrigado por tudo! Há, essa imagem é apenas para recordar o tipo de morte que Pedro recebeu por obedecer a voz de Deus!



Ver Versículos supracitados:



Atos 4:19b - "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;"



Atos 5:29b- "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens."

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Tu Corazón

Vamos fazer o seguinte, quando eu tiver medo, te estendo um pensamento e as mãos; quando for você, fará o mesmo, então seremos dois corações em vez de um...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Amanheci neste primeiro dia do ano de 2012, pensando nestes versículos 24 à 27 de Joel, cap. 2: " E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de óleo. E RESTITUIR-VOS-EI os anos que foram consumidos pelo gafanhoto... E comereis FARTAMENTE, e ficareis satisfeitos, e LOUVAREIS O NOME DO SENHOR, VOSSO DEUS... EU SOU O SENHOR, VOSSO DEUS, E NINGUÉM MAIS..."