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quarta-feira, 25 de junho de 2014




Um dia sai de casa deixando um amor para trás, amigos, inimigos, minha casa. Uma ferida se me abriu na carne, dores ainda sinto, mas de saudades. Não do amor que deixei, pois aprendi que amor mesmo só sinto por mim e por alguém que ultrapassa a barreira da metafísica; não dos amigos, porque existe os meios de comunicação para nos aproximar. Dos inimigos, esses estão por toda parte. Da minha casa, sempre retorno lá, em vida, em sonhos, numa memória aqui e acolá. O que permanece e a ferida aberta naquele dia, nunca deixou de me atormentar. Pútrida, profunda e ensanguentada; ferida na alma, só quem tem sabe a dor que causa.

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