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segunda-feira, 28 de março de 2016


Penso que quando não me comprometo com meu grupo ou classe, e fico a espreitar a exposição cruel dos mais próximos a mim na guerra violenta por direitos, acabo por me transformar naquela rapariga que substitui a venda de pano pelos óculos escuros.
"A rapariga dos óculos escuros – “Mãezinha, paizinho…Não está ninguém, disse a rapariga dos óculos escuros, e desatou-se a chorar encostada à porta…, não tivéssemos nós aprendido o suficiente do complicado que é o espírito humano, e estranharíamos que queira tanto a seus pais, ao ponto destas demonstrações de dor, uma rapariga de costumes tão livres..." José Saramago - Ensaio sobre a cegueira.

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