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quinta-feira, 17 de março de 2011

De volta as aulas...




As aulas começaram e com elas a dedicação aos meus alunos, colegas de trabalho, as idas e vindas de Natal à Arês todas as manhãs; numa busca constante por um desenvolvimento das atividades que exerço como professor, sem dar motivos de ser chamada a atenção por não chegar à escola no horário previsto.
E nesse corre-corre, me falta tempo de escrever, algo que necessito urgentemente fazer em meio ao turbilhão de acontecimentos que se deflagram no cenário global (tristeza e dor no Japão), estadual (a copa do mundo e as obras estruturais e físicas que não acontecem ou saem do acordo feito no Rio Grande do Norte), e no âmbito municipal (em Arês continua tudo na mesma, salários dos professores precisando ser reajustados, acesso negado ao transporte que continua indo e vindo no percurso Natal – Arês, transportando os “afilhados (as)” do senhor prefeito sem dar importância e ou valorizar os profissionais que vem gastando do próprio bolso com passagens todos os dias). Teria tanto o que comentar sobre essa realidade, se não fosse o grande amor que sinto por esse município lindo, de gente com alma brilhante, ares inebriantes que transmitem energia pura, que me fortalece a cada manhã ao cruzar suas estradas estreitas, sentindo o cheiro dos canaviais e ao contemplar os jovens que caminha rumo às escolas do centro urbano.
Arês é terra viva! Suas belezas arquitetônicas nos enchem os olhos de diversidade artística, seus costumes e modo de falar das pessoas nos ensinam muito sobre as variações lingüísticas... Sua história de mais de um século nos encanta no mais profundo desejo de conhecer mais sobre esse lugar paradisíaco, de ilhas, de contos e sonhos guardados no museu de carne que é o coração pulsante de cada morador desse município. Vejo na maré do futuro, crianças que se tornarão homens e mulheres que verdadeiramente irão amar essa terra, lagoas que serão palco iluminado pelo “Sol da Justiça” e que revelarão a verdade em vez da mentira instalada pela perseguição política partidária que tem castrado pensamentos de muitos, que por quererem se manter ativos ou até mesmo vivos luta por ver esse município se desenvolver longe das bajulações individualistas de quem foi eleito para gerenciar os recursos de um lugar, de um povo. Mas a terminologia seria essa: gerenciar? Não seria gestar? São tantos jargões, mudanças que procuram disfarçar a função de “um empregado do povo”... Há! Desculpe! Esses aí não gostam de serem chamados assim, não é eletrizante, elitista, socialmente importante esse termo. Devemos chamar excelência, gestor (e olha que o parto acontece depois de nove meses, nesse caso específico será dois partos de elefante?!), administrador! Não importa o termo, precisamos entender que o tempo passa, seres humanos são ceifados, vida nasce e a história continua... O que faremos afinal? Seremos testemunhas do fracasso ou expectadores emocionados de um filme com final feliz? Arês irá sobreviver pra deixar nos anais do tempo mais um roteiro para ser analisado pelos diretores, críticos e platéia que irá dizer: E o Oscar irá para...

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