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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

 
 

Escuto cada coisa nessas formações de professores, tenho que escrever um livro qualquer tempo desses sobre "professor, profissão versus professor, pessoa".
Não sei de tudo, nem poderia querer ser o dono do conhecimento. Sou jovem demais para querer abarcar os sentimentos do mundo, a filosofia de séculos atrás. Sou humano e não maquina, não poderei arrancar do meu rosto as marcas da idade, nem das costas o peso que minha profissão de professor me impõem. Não usarei máscara de ferro na tentativa de esconder meu rosto dos projetos frustrados, planejamentos rasgados ou ideias que sucumbiram na subjetividade da sala de aula. Me mostrarei por inteiro, meus medos, desejos, possibilidades, informações literais e direi sem culpa alguma: eu sou professor! 
As aulas começaram e eu aqui na frenética ânsia de encontrar o novo aluno, a nova sala de aula (pintada pelo menos), um novo jeito de ensinar, uma nova ideia que venha transformar esses estudantes em cidadãos politizados. Paro, percebo que os manuais estão velhos demais, a sala de aula foi esquecida ate da maquiagem de costume, que a ideologia ficou esquecida em nome de um sistema, que meus alunos estão acomodados e que sonhar hoje em dia não passa de ilusões noturnas. Mas, em meio a esse turbilhão de contrários, surge a vontade de vencer e acordados realizamos juntos a travessia tênue entre o sonho e a realidade.

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