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sexta-feira, 26 de abril de 2013


 
 
 
 
Chuva! E eu aqui, ouvindo o barulho lá fora, sem entender o silêncio cá dentro de mim!
Ando de cá para lá, paredes são meus limites, aonde irei?
 Sozinho estará na interminável jornada noturna, em que o gotejar contínuo da chuva, tornam-se nossas lágrimas de saudades do amor que partiu nossos pensamentos!
Foi numa noite de chuva, sozinhos estávamos a nos despir das vergonhas construídas socialmente. Corpos nus, olhares, silêncio! Apenas nossos lábios falavam a linguagem do desejo. Sucumbimos entre o sabor do orgasmo e a despedida arredia pelo avanço das horas que te expulsava dos meus braços. Olhei para a lua, única testemunha entre mim e você. Fortuna não me pediu, doastes o teu melhor para mim, tua atenção!
Já diziam os mais experientes: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura! Assim é a chuva ao cair em terra seca, molha e faz crescer o que antes não existia ali; é como o amor que tolhido pela separação e morte, continua a existir no íntimo do nosso ser. Pensamentos que me perturbam no final da noite, infortúnio dos solitários, angustia dos literatos.

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