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quinta-feira, 23 de junho de 2011

EUNUCO


Em pleno feriado de corpus Christi e sendo também noite de São João, as pessoas lá fora, nas ruas iluminadas por fogueiras e com velas nas janelas das residências, concentram suas homenagens ao homem (João) que vivia de maneira simples, caminhando pelos desertos, que iria introduzir a verdade – Jesus Cristo – ao mundo. Passo a refletir no destino dado a João, o nome que recebera do anjo, o anúncio de seu nascimento, mudez do seu pai, começo de sua prédica e missão de batizar, quando lançado na prisão, enviando mensageiros a Jesus, ao receber elogios do Mestre até ser decapitado e sepultado. Questiono-me se foi espontânea tanta dedicação desse homem a uma missão tão dolorosa, preparar o caminho do Rei, abrir mão de regalias (bens financeiros), amores e profissão por uma causa pautada em circunstâncias até aquele momento sobrenaturais?! Percebo desejos sendo moldados sob convicções de um futuro eterno, na amizade verdadeira de dois homens que iriam marcar gerações, na transmissão de pensamentos baseados em valores éticos (como a fidelidade ao casamento, políticas públicas que atendam aos mais humildes socialmente, honestidade no trabalho entre tantas outras coisas) e na transição da prisão momentânea e física do corpo, para a liberdade eterna da alma. Que escolha bem feita essa de João! Que coragem esse homem esboçou como exemplo em época de degradação moral, política, desigualdade social e de alienação intelectual da maioria da população israelita. Veja que ser ministro (pastor, reverendo de uma igreja, do povo), é ter as credenciais da prudência, atos de bondade, provas irrefutáveis da messianidade de Cristo, não depender da hospitalidade e dinheiro de qualquer homem e sim tornar-se dependente integralmente nos dias de hoje da “graça de Jeová”.

Diante de tantos pensamentos citados anteriormente, surge no facebook uma amiga, Luciene, com quem travo um diálogo sobre a “chamada de Deus” para a vida de um ser humano. Refletimos sobre a necessidade de interpretarmos a vontade divina para nós, o propósito e recompensas advindas da obediência a convocação (repito convocação e não vocação) e desprendimento das coisas que queremos ou achamos fundamentais para nossa sobrevivência, realização pessoal aqui na terra.

Já imaginou se Deus te chama para ser eunuco?

Você conseguiria em nossos dias assumir um chamado sobrenatural para ser EUNUCO?

Certa vez Jesus disse: “Pois há eunucos que nasceram assim; outros foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem puder aceitar isto, aceite-o”. Mateus 19:12 – Bíblia Sagrada (Edição Contemporânea).

Lógico que a castração da maioria dos eunucos era realizada antes da puberdade, com o intuito de servirem como guardiões dos haréns reais ou se tornavam eunucos por meio cirúrgico.

Contudo, esse “modo de vida” era escolhido ou roubado com insatisfação, dor, sacrifício do eunuco (que pode ser de ambos os sexos, masculino e feminino), caracterizando o “modus operandi” (maneira de agir) dessas pessoas para a missão a qual se sentem convocadas a realizar.

Novamente pergunto: Você teria disponibilidade para ser “eunuco de Deus”?



Ad impossibilia nemo tenetur.

Ninguém está obrigado ao impossível.

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